A fruta é rica em minerais, vitaminas, fibra alimentar, vários fitoquímicos e água. Ajuda a regular a função digestiva, estimula as defesas orgânicas e promove o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes. Estas são apenas algumas das razões pelas quais se torna tão importante ensinar os nossos filhos a consumi-la desde cedo.
Não posso dizer que o meu filho adore fruta. Há, efectivamente, alguma que lhe desperta mais os sentidos, mas até ver não morre de amores.
Prefere a pêra ou a meloa, e gosta de ficar a coçar as gengivas numa boa fatia de melão ou de melancia, de preferência frescas. Se lhe der kiwi ou pêssego, depressa se cansa e desiste de comer.
Confesso que não sou adepta daquelas comidas para bebé que se vendem nos supermercados. Não critico quem compra, porque reconheço que a falta de tempo para muitas mães representa um problema sério, mas pessoalmente nunca comprei porque não me agrada o seu aspecto e a ideia de não saber há quanto tempo estão ali, nas prateleiras empoeiradas, e o que de facto compõe os frascos.
Todos os dias lhe preparo a sopa tendo em conta o que comeu ao almoço no infantário, e já estou de tal forma habituada que tal não representa para mim qualquer problema. Enquanto os alimentos cozinham vou-lhe dando o banho e é num abrir e fechar de olhos que o tempo passa.
Mesmo quando saímos, opto por preparar a sopa de manhã e levá-la em recipiente hermético. Desta forma estou segura em relação ao que come e ele não estranha os sabores.
No que respeita à fruta, contudo, não tenho a mesma opinião. Torna-se mais prático levar um pequeno boião na mala térmica do que estar a transportar fruta que rapidamente oxida e perde a consistência inicial. Em casa dou-lhe fruta preparada na hora, quando saio levo um boião na variedade 100% fruta. Desde que o seu consumo seja esporádico, não vejo problema.
Serve para o despertar para outros sabores, e ingerir uma quantidade adicional de vitaminas já que é capaz de devorar um frasco se o sabor lhe interessar (não come pêssego de outra forma).
Tenho intenção de lhe cultivar o gosto pela fruta natural, e estou esperançada que ele se mantenha interessado. A ver vamos se não sai (também nisto) ao pai!
A saber
Bebés alimentados com comida feita em casa têm mais probabilidades de vir a comer de forma saudável ao longo da infância do que aqueles que passam do leite para os boiões de comida pronta.
É a conclusão de um estudo realizado no Reino Unido que analisou dados de 7866 crianças nascidas entre 1991 e 1992. As crianças habituadas a comer comida feita em casa desenvolvem mais facilmente a noção e o gosto pelo que lhes faz bem e, assim, comem mais frutas e vegetais do que aquelas que em bebés foram alimentadas com boiões. É importante, segundo os autores do estudo, a exposição precoce aos sabores das frutas e legumes, de forma diversificada. Mesmo que comam boiões de fruta e legumes, os sabores e texturas são sempre semelhantes. Os boiões devem por isso ser usados apenas em caso de necessidade, como a meio de uma viagem, mas nunca de forma regular. Os resultados foram publicados no jornal Public Health Nutrition.