23 de maio de 2011

Alívio

Após três persistentes dias a febre (que chegou aos 40ºC acompanhada de arrepios) e os vómitos deram-nos finalmente tréguas.
Valeu-me a minha calma para aguentar não só as noites ainda mais mal dormidas e o mau estar do meu filho, mas também as investidas constantes dos familiares mais próximos a incentivar a ida ao pediátrico.
Se não tivessemos confiança no médico que escolhemos para o nosso filho porque é que lhe continuávamos a pagar? Ora se foi o próprio a dizer que era uma virose, para ir controlando a febre e para apenas dar um saltinho ao pediátrico se a mesma fosse muito alta e não baixasse com a administração do antipirético, ou se notássemos alterações significativas no comportamento ou pieira, porque raio havíamos de ir sujeitar a criança a mais vírus numa altura em que ele já estava naturalmente frágil?
Foi difícil, nestes dias, encontrar em mim um meio termo entre a mãe galinha e a mãe displicente, mas cheguei lá... A corda é bamba e nem sempre nos conseguimos equilibrar sobre ela...
Para consolar e vigiar o combatente quebraram-se rotinas. Alimentação fora de horas, muita maminha (que era o pouco que aguentava no estômago), noites dormidas na cama dos pais. Não creio ter feito grande mossa, a não ser na exigência do mimo. Agora continua a requerer toda a atenção do mundo, mas o mundo não parou para lha podermos dar a toda a hora.
Esteve hoje entregue aos cuidados da avó paterna e volto a deixá-lo com ela amanhã. Se assim não fosse não poderia ter regressado ao trabalho tão cedo. Por sorte ela está de férias. Com a expectoração e tosse que ainda tem, correria o risco de ter uma recaída se voltasse para o infantário.
É por estas e por outras que defendo que as mães deveriam poder ficar em casa com os filhos até eles completarem o primeiro ano de idade. Nessa altura já teriam mais defesas e combateriam melhor as maleitas.
Tenho consciência que foi só o primeiro de outros sustos que estão por vir. E isso deixa-me apreensiva...

20 de maio de 2011

As primeiras maleitas - Virose

Começo agora a compreender porque chamam infectários aos infantários.
Sem ter completado ainda um mês de frequência, o meu filho já apanhou uma constipação, uma conjuntivite e agora uma virose. Parece uma florzinha de estufa...
A tosse arrastava-se há já alguns dias sem melhoras, acompanhada por espirros e falta de apetite. Pensávamos ser uma constipação ligeira até começar a vomitar a comida e nos ligarem do infantário para o irmos buscar por estar com febre.
Depois de o examinar o diagnóstico do médico não deixou lugar para dúvidas: trata-se de uma virose.
A recomendação passou por administrar Benuron com intervalos nunca inferiores a 6 horas, vigiar a febre e aguardar evolução. Há que mantê-lo hidratado e para aliviar a tosse, quando esta começar a ser mais intensa, dar uma colherzinha de xarope de cenoura. Para evitar que vomite alimentá-lo com maior frequência e com menos quantidade de cada vez.
Hoje ficámos os dois em casa, após uma noite de vigia, e em que a febre chegou aos 39,5º. A Srª aborrecida continua a ir e a vir.
A sopa nem chega a cair no estômago. Vai-se aguentando com a maminha. Ainda bem que ela dura!
Liguei para o pediatra, para antecipar alguma eventualidade e porque estamos à porta do fim-de-semana, mas para já não há alterações a fazer. Caso a febre suba para os 40ºC, não baixe e ele fique mais irritado e indisposto, fazer uma visita ao pediátrico.
Espero não conhecer tão depressa as novas instalações...

A saber
Virose - O que é?
Dença causada por um vírus que tem um ciclo determinado, com sintomas leves, sem conseqüências relevantes, e não há remédios eficazes para o seu combate.
Uma observação importante: esses "bichinhos" invisíveis adoram temperaturas baixas e locais com grande aglomeração de pessoas e pouca renovação do ar.

Causas
As principais causas estão relacionadas com factores climáticos e ambientais. Poluição ambiental, casa pouco arejadas, histórico alérgico na família e alterações ambientais rápidas demais.

Sintomas
Febre alta, tosse, dor de cabeça e no corpo, principalmente nas articulações, e falta de apetite.

Como tratar
As viroses normalmente têm sintomas parecidos e duram em média de sete a dez dias. O tratamento deve ser com antipiréticos para baixar a febre, hidratação, descanso e uma boa alimentação. Se a febre é alta e se mantém por 3 dias deve-se contactar novamente o médico.

17 de maio de 2011

Mau dormir

O meu filho tem, decididamente, mau dormir.
Desde que aprendeu a virar-se e sobretudo agora que parece começar a ter vontade própria, é frequente dar com ele atravessado na cama, muitas das vezes totalmente destapado.
Creio serem perturbações rítmicas do sono ou agitações nocturnas, nomes pomposos para algum bicho carpinteiro hiperactivo que se alojou nele e que decidiu não lhe dar descanso nem sequer durante a noite.
Se já acordava muitas vezes para mamar, agora passou a acordar outras tantas. Entre as 4 e meia e as 5 da manhã algo o faz acreditar que é dia e desperta de tal maneira que é vê-lo palrar e bater com as pernas e torna-se missão quase impossível voltar a adormecê-lo.
Já tentei deitá-lo mais tarde, dar-lhe a sopa mais tarde, nada resulta. Vamos andando e vendo no que isto dá. Para eu ficar tolinha já não falta muito.

Descobri no site da Johnson's Baby um quizz através do qual é possível obter o perfil de sono personalizado do nosso bebé. Por curiosidade experimentei fazê-lo. O resultado não me surpreendeu.


Resultado do Perfil: SONO COM INTERRUPÇÕES
"O seu bebé parece ter dificuldades em dormir toda a noite (que novidade!). Não está só, 16% dos bebés entre os 6 e os 8 meses dormem com interrupções."

Ora que bem. Fazemos parte de uma minoria...
Se quiserem experimentar e conhecer o perfil de sono dos vossos bebés deixo aqui o link.

11 de maio de 2011

As primeiras maleitas - Conjuntivite?

É por volta dos seis meses de idade que as crianças começam a perder a imunidade oferecida pela mãe durante a gestação e a amamentação, tornando-se mais expostas ao ataque de vários agentes: poluição, fumo do tabaco e micróbios (bactérias, vírus, etc). Trata-se de um fenómeno natural já que os anticorpos, como as outras substâncias, vão sendo renovados e eliminados.
Acabadinho de completar os seis meses de vida, o meu filho enfrenta agora o primeiro ataque.
Olhos lacrimejantes, remelosos, pálpebras inchadas. Se não é uma conjuntivite é, pelo menos, uma severa "constipação dos olhos".
Liguei para o pediatra por não aferir melhoras após diversas colocações e limpeza com soro fisiológico. Receitou terricil pomada oftalmológica, com aplicação três vezes ao dia durante dois dias.
Não sei como contraiu o micróbio, parasita ou o que fôr. Na salinha dele, no infantário, nenhum menino está com sintomas semelhantes. Sabemos que é lá que contraem a maior parte das maleitas, mas neste caso tenho algumas dúvidas.
Se não melhorar significativamente até amanhã faremos uma visita ao pediatra. Vamos torcer para não ser necessário.

9 de maio de 2011

Muitos brinquedos, muita dispersão

Resultado de um consumismo extremo (o mesmo que levou o país ao ponto de ruptura), ou culpa do egoísmo a verdade é que os pais têm, erradamente, tendência para comprar e oferecer aos filhos grande parte do que a publicidade oferece.
Sempre fui contra este conceito, e creio que o devo muito à educação que me foi dada pelos meus pais, pois cedo aprendi a dar valor às coisas que me chegavam às mãos, muitas vezes já fora de tempo ou com a clara intenção de ser dividido com a minha irmã.
Tenho por convicção que, desde cedo, as crianças devem aprender valorizar o que lhes é dado e não a tomá-lo como algo adquirido, que obtêm sem grande esforço. É um erro tentar projectar nelas a infância que eventualmente não tivemos. Mas é um erro ainda maior compensar a falta de tempo que lhes dedicamos comprando e oferecendo bens materiais, nomeadamente brinquedos.
Com seis meses, o meu filho tem já uma parafernália de objectos coloridos, que emitem sons, que despertam a curiosidade e incentivam a imaginação. Nós, pais, apenas lhe comprámos um - um ginásio de actividades - por o considerarmos um estímulo ao seu desenvolvimento.
Grande parte dos brinquedos que me enchem a sala só servem para isso mesmo, ocupar espaço. Embora seja ainda pequeno, a verdade é que não dá importãncia à grande maioria e tendencialmente opta pelos mesmos brinquedos.
Já fiz a experiência: se lhe der a devida atenção e entrar na brincadeira, as minhas mãos são o suficiente para despertar nele verdadeiras gargalhadas, pois facilmente se diverte a brincar com os meus dedos.
Acredito que é bom haver brinquedos, claro. Mas não aceito o exagero nem compreendo os gastos exagerados com objectos que, por mais educativos que possam ser, só servem durante um curto espaço de tempo.
Talvez tenha uma forma antiga de ver as coisas, mas é com base nela que pretendo educar o meu filho. Se depender de mim não terá tudo só porque os outros têm...

A Saber
"Uma grande quantidade de brinquedos provoca dispersão da atenção e incapacidade de investimento em cada coisa por parte da criança. As crianças pequenas sentem-se perdidas num ambiente saturado de estímulos e simplesmente esquecem o que está guardado nas caixas e no armário.
A criança desenvolve a sua inteligência e personalidade brincando. Os objectos com que brinca ajudam a despertar a imaginação, a fantasia, e a relacionar-se com o mundo das coisas e das pessoas.
Se são muitos e ao mesmo tempo, a criança não tem tempo de construir uma relação com eles. Dispersa-se e cansa-se depressa. Como alguns são tão sofisticados que só falta falarem, é provável que não deixem espaço para o faz de conta. Rapidamente deixarão de ser atractivos. "
Teresa Paula Marques, Psicóloga Clínica, in familia.sapo.pt

6 de maio de 2011

Já lá vão 4

Faço hoje 4 anos de casada. Com dez de namoro em cima já lá vão 14. Parece uma vida, e no entanto é tão pouco!
Ainda que muito tenha mudado com a chegada do nosso filho, a verdade é que a relação saiu fortalecida. Este ano comemora-se a três. E tão bem que sabe!

Um mimo ao final do dia

5 de maio de 2011

6 meses



Faz hoje 6 meses que o nosso menino nasceu para nos iluminar os dias!

"No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo."
Rajneesh

4 de maio de 2011

Em processo de transformação

As noites têm vindo a melhorar. Mas lentamente. O meu filho já não acorda de duas em duas horas, mas também não dorme 4 seguidas sem despertar.
Com o tempo o meu organismo foi-se habituando. À excepção de uns kilos a menos (o que até deu jeito), da palidez e de umas olheiras monumentais, não houveram danos de maior.
Receava não ser capaz de lidar com a privação do sono, e que os seus efeitos pudessem vir a ser nefastos (conheço casos que levaram as mães à depressão). O meu espírito, porém, lidou melhor com o problema do que o meu corpo.
Quando a noite chega, sinto-me exausta. Agora talvez mais porque regressei ao trabalho. Mas a vida é mesmo assim. Há que fazer sacrifícios (Ai mãe, agora é que eu te percebo!...).

A maior parte dos bebés dorme através de vários ciclos que podem atingir os 12 momentos, entre o despertar breve até ao sono profundo, até de manhã. Sem medidas certas, grande parte dos bebés acorda em média três vezes por noite até aos seis meses e duas até completar um ano.

Não sei não, mas o meu filho sempre ultrapassou a média. Até aos 5 meses acordava cerca de 4 vezes por noite. À beira de completar os seis reduziu para três. Quando será que vai passar a fazer a noite toda?
Por este andar, torno-me zombie...

1 de maio de 2011

Dia das Mães

Não tenho por hábito assinalar datas que não passam disso mesmo, de datas de calendário para comemorações extraordinárias, porque tenho a convicção de que não deveria haver um dia para assinalá-las. Cabe a cada um de nós multiplicar esses dias e torná-los memoráveis, não apenas com presentes mas sobretudo com acções, durante todo o ano.
Ainda assim, porque este é o meu primeiro dia da mãe, não poderia deixar de desejar a todas as mães não um dia feliz, mas muitos dias felizes junto dos seus pequenos tesouros.

O primeiro presente do Dia da Mãe, trazido do infantário
Lilypie First Birthday tickers