Após três persistentes dias a febre (que chegou aos 40ºC acompanhada de arrepios) e os vómitos deram-nos finalmente tréguas.
Valeu-me a minha calma para aguentar não só as noites ainda mais mal dormidas e o mau estar do meu filho, mas também as investidas constantes dos familiares mais próximos a incentivar a ida ao pediátrico.
Se não tivessemos confiança no médico que escolhemos para o nosso filho porque é que lhe continuávamos a pagar? Ora se foi o próprio a dizer que era uma virose, para ir controlando a febre e para apenas dar um saltinho ao pediátrico se a mesma fosse muito alta e não baixasse com a administração do antipirético, ou se notássemos alterações significativas no comportamento ou pieira, porque raio havíamos de ir sujeitar a criança a mais vírus numa altura em que ele já estava naturalmente frágil?
Foi difícil, nestes dias, encontrar em mim um meio termo entre a mãe galinha e a mãe displicente, mas cheguei lá... A corda é bamba e nem sempre nos conseguimos equilibrar sobre ela...
Para consolar e vigiar o combatente quebraram-se rotinas. Alimentação fora de horas, muita maminha (que era o pouco que aguentava no estômago), noites dormidas na cama dos pais. Não creio ter feito grande mossa, a não ser na exigência do mimo. Agora continua a requerer toda a atenção do mundo, mas o mundo não parou para lha podermos dar a toda a hora.
Esteve hoje entregue aos cuidados da avó paterna e volto a deixá-lo com ela amanhã. Se assim não fosse não poderia ter regressado ao trabalho tão cedo. Por sorte ela está de férias. Com a expectoração e tosse que ainda tem, correria o risco de ter uma recaída se voltasse para o infantário.
É por estas e por outras que defendo que as mães deveriam poder ficar em casa com os filhos até eles completarem o primeiro ano de idade. Nessa altura já teriam mais defesas e combateriam melhor as maleitas.
Tenho consciência que foi só o primeiro de outros sustos que estão por vir. E isso deixa-me apreensiva...