28 de fevereiro de 2011

Assunto de rapazes II

Pois bem, a questão ficou hoje devidamente esclarecida com o Dr, Álvaro, que como sempre foi muito atencioso e esclarecedor. E a verdade é que tenho de confiar no médico que escolhi para o meu filho...
Nada de fazer "massagens" indevidas, o mesmo será dizer, fazer a higiene normal, como até aqui, e não pensar mais no assunto até aos 3/4 anos de idade. Até lá o pediatra vai vigiando nas consultas o estado do prepúcio.
Existem de facto alguns bebés em que a pele está mais para dentro sendo necessário dar uma ajuda para que o bebé não tenha dificuldades em urinar, mas não é o caso do meu filho, como me mostrou, pelo que não é preciso fazer nada a não ser lavar diariamente (o que obviamente já eu faço!). Daqui a uns anos voltamos a falar disto.
O rapaz está bem e a crescer a olhos vistos: 5,620Kg e 61,5cm (está comprido, vai sair ao pai no tamanho!) e como não quer ser gordo (ainda que passe a vida a mamar!), continua entre o percentil 10 e 25 no que respeita ao peso - uma elegância!
A cabeça está "francamente melhor", nas palavras do Dr. Álvaro, o que me deixou contente porque nos temos esforçado bastante para contrariar a sua tendência em dormir sempre para o mesmo lado.
Dentro de duas semanas vai começar a comer a sopa. Estou ansiosa para dar início a essa batalha e esperançosa de que resulte num intervalo maior para mamar durante a noite.
Temos nova consulta dentro de um mês.

27 de fevereiro de 2011

Assunto de rapazes

A minha mãe não teve senão meninas. Considero, pois, natural, quando aborda determinados temas no que respeita aos cuidados a ter com o meu filho, quer porque ouve terceiros a  falar deles, quer por mera curiosodade.
Confesso que foi por causa dela que, na consulta dos dois meses, abordei o assunto pela primeira vez perguntando ao médico de família que nos acompanha se devia ou não começar a puxar a pele da pilinha do reguila para trás para lavar. O médico nunca me tinha falado nisso, mas como as consultas servem também para nos esclarecer todas as dúvidas, não hesitei em colocar a questão. A resposta foi peremptória: "Nem pense nisso! Quem é que lhe disse que tinha de puxar?".
Pronto. Assunto arrumado, pensei eu. Continuei a fazer a higiene normal e não pensei mais no tema. Tanto não pensei, que nem me lembrei de voltar a colocar esta mesma questão ao pediatra, na consulta dos três meses, e ele também não falou nisso.
Agora o assunto veio novamente à baila: "Vê lá, olha que a minha colega já faz isso ao filho, e ele só tem 6 meses...", "Olha que ela diz que o pediatra via sempre a pilinha do menino nas consultas e puxava a pele para trás", e blá blá blá...
Ok, dou-me por vencida. Toca a pesquisar na net acerca do assunto: pior a emenda do que o soneto, pois trata-se de mais uma questão para a qual não existe consenso na classe médica - cada cabeça sua sentença! Veja-se, por exemplo, o seguinte artigo: Médicos divididos quanto à pilinha dos bebés
Relatos de diversas mães em fóruns de discussão atestam igualmente a diversidade de opiniões dos especialistas no que se refere a esta matéria... Uns aconselham a puxar, ainda que sem forçar, outros desaconselham por aumentar a probabilidade de fimose (incapacidade de um homem expôr a sua glande (cabeça do pénis) porque o prepúcio (pele que cobre a glande) tem o anel muito estreito) e de circunsisão (operação cirúrgica que consiste na remoção do prepúcio)...
Como fiquei ainda com mais dúvidas do que já tinha, e receio não estar a fazer algo que realmente devia, vou novamente fazer a pergunta, desta vez ao pediatra, na consulta de amanhã.
Coisas de rapazes a que uma mãe não pode, de todo, ficar alheia...

15 de fevereiro de 2011

"Cabeça torta"

Uma conversa entre mães alertou-me à uns tempos para um problema que, embora comum, nos passa por vezes despercebido. O nome é pomposo - plagiocefalia posicional da cabeça -, aquilo a que vulgarmente chamamos "cabeça torta".
É um facto que, se os bebés dormem sempre na mesma posição, podem efectivamente ficar com a zona de apoio da cabeça mais achatada. E foi esta a situação com a qual me deparei, depois de observar mais atentamente o crânio do meu filhote tinha ele cerca de dois mesinhos.
Fiquei muito apreensiva (ainda ando!), pois de facto ele tem uma tendência natural para dormir e estar virado para o lado direito.
Depois de observar e verificar a sua cabecinha, o pediatra pediu-nos que tivessemos o cuidado de variar as posições de dormir e o fôssemos colocando quer de costas, quer lateralmente, alternando os lados, recomendando-nos que colocássemos um rolinho atrás das suas costas para o obrigar a permanecer na posição lateral pretendida.
Temos experimentado de tudo, inclusive alterámos a sua posição na caminha, mas ainda assim ele continua com os mesmos reflexos e é frequente vê-lo voltar à posição que deve evitar.
Durante o dia procuro tê-lo em variadas posições, mas não consigo colocá-lo de barriga para baixo porque ele simplesmente odeia e entra em gritaria...
Ora parece que o achatamento, por se tratar de uma plagiocefalia simples, poderá ser corrigido. Ainda assim não deixo de me preocupar e estar atenta pois não pretendo que o meu filho fique com a cabeça deformada a título permanente ou nunca poderá rapar o cabelo...

Notas sobre plagiocefalia:
  • O controlo muscular da cabeça não se adquire até quase aos 3 meses de idade, por isoo é importante ajudar o lactante a trocar a postura para evitar deformidades devido ao excesso de pressão.
  • A plagiocefalia é 2 vezes superior em meninos do que em meninas.
  • A plagiocefalia posicional afecta mais o lado direito do que o esquerdo.
  • Nas plagiocefalias graves ou persistentes pode ser necessário tratamento ortésico (capacetes) ou cirúrgico.

11 de fevereiro de 2011

O primeiro Cartão de Identificação


A identificação fiscal de descendentes passa este ano a ser obrigatória para todos os contribuintes que pretendam deduzir, na conhecida declaração de rendimentos Modelo3 do IRS, as despesas efectuadas com os filhos ao longo do ano de 2010.
Esta alteração, já introduzida em Código de IRS, obriga agora os pais a pedir o Número de Identificação Fiscal (NIF) para os seus filhos, ainda que os mesmos sejam recém nascidos.
À custa desta imposição governamental levei esta semana o meu filho à loja do cidadão mais próxima, a fim de solicitar o seu Cartão de Cidadão, já que no mesmo constará essa mesma informação.
O processo foi simples e pouco burocrático, para variar, tendo sido suficiente apresentar a minha identificação, enquanto mãe, e o seu registo de nascimento. Confirmada a morada e os contactos telefónicos foi a vez da fotografia.
Não consigo imaginar um recém nascido, ainda tão pequenino e a maior parte do tempo a dormir, a ter de passar pelo processo. É que não é fácil ter de segurar a criança numa posição que permita captar bem o seu rosto (porque as crianças não estão nunca sossegadas!), e sem ficarmos com uma qualquer peça de roupa ou parte do corpo a "colorir" o fundo. É que os senhores governantes não se lembraram que os bebés ainda não têm força na coluna para permanecerem direitinhos nem se seguram sozinhos!...
Tenho para mim que o Estado deveria ter pensado nisto e ter dotado os balcões quiçá de uma cadeira adaptável aos mais pequenos para facilitar o odioso momento da fotografia. Mas para variar, primeiro lançam-se as leis e só depois se avalia a sua eficácia e se estudam os pormenores...
Apesar de tudo até correu bem. Os 3 mesinhos do meu filhote não foram um problema, e o pequeno vai acabar por ter o seu Cartão muito em breve e primeiro do que a própria mãe, que anda a adiar até que caduque o BI, no final do ano...

6 de fevereiro de 2011

Com quem deixamos os nossos filhos

Não é novidade para ninguém que a família Maccann terá administrado aos filhos um popular medicamento em Inglaterra, o denominado Calpol, na noite do desaparecimentode Madie. Sabe-se que o fármaco, utilizado para dores e febres nas crianças, provoca sonolência, pelo que supostamente serviria para acalmar as crianças e ajudá-las a dormir durante umas boas horas seguidas.
Ora como mãe não nego que gostaria de voltar a poder dormir pelo menos quatro horinhas seguidas sem ser acordada pelo choro esfomeado do meu filho. Porém, nunca me passou pela cabeça sedá-lo para poder descansar mais tempo!
Já diz o velho ditado "Quem tem filhos, tem cadilhos (=cuidados, trabalhos)". Pois bem, parte da trabalheira está em aturar as suas birras e choro, faz parte do seu processo de desenvolvimento!
Por isso, estranhamente ou não, continuo a ficar chocada sempre que me lembro que em Inglaterra é usual os pais sedarem os filhos para dormir, existindo inclusivamente sites para discussão do tema.
Em Portugal, felizmente, a paranóia ainda não está instalada, mas pelos vistos houve já quem por simpatia tenha julgado que "drogar" os filhos dos outros era um bom método para garantir a paz no local de trabalho...
Hoje em dia vale tudo, e nunca sabemos ao certo a quem os entregamos... veja-se por exemplo, esta barbaridade:

Não posso permitir-me pensar que o meu filho ficará, dentro de alguns meses, entregue a uma qualquer instituição conduzida por pessoas sem escrúpulos.
É preciso olho aberto em cima de quem cuida dos nossos filhos!

5 de fevereiro de 2011

3 Meses


Faz hoje 3 meses que o nosso menino nasceu para nos iluminar os dias!

"Pode secar-se, num coração de mulher, a seiva de todos os amores; nunca se extinguirá a do amor materno."
                                                                                               Júlio Dantas

2 de fevereiro de 2011

Aaaaaaaaatchim!

O Inverno tem sido rigoroso e a vaga de frio que assola o país teima afincadamente em permanecer para nos enregelar os ossos.
Inimiga das baixas temperaturas, não pude escapar ao ataque de uma constipação, que me fez andar de nariz a pingar mas que, felizmente, foi controlada. Ora se nem os adultos escapam, o que dizer então de um bebé de meses, cujo sistema imunitário ainda está vulnerável!
À conta de uma constipação, para além dos espirros frequentes e alguma tosse o meu filho chegou a ficar afónico e assim esteve durante 3 dias.
Segundo o pediatra nada a fazer, a garganta estava bem, não havia febre nem falta de apetite. Toca de colocar soro fisiológico nas narinas e aspirar (nem sei quantas vezes ao dia!) e manter o bebé hidratado. Muita paciência que melhoraria, mas levaria o seu tempo.
Na verdade melhorou, progressivamente, mas durante esses dias andei com o coração inflamado...Um sentimento enorme de impotência.
Para minimizar a ocorrência deste tipo de maleita nos nossos bebés, ou pelo menos minimizar os riscos de contágio e os consequentes efeitos nos nossos bebés é, pois, importante, ter em atenção o seguinte:
  • evitar lugares fechados ou com ar condicionado, como centros comerciais ou outros do género pouco ventilados ou arejados (nem tudo é mau, sempre se poupam alguns euros!)
  • evitar o contacto do bebé com crianças ou adultos doentes, com risco de contágio
  • certificar-se que a casa, o quarto do bebé ou o local onde passa mais tempo é arejada pelo menos uma vez por dia
  • evitar tocar no bebé ou nas suas coisas antes de lavar bem as mãos
  • manter a casa a uma temperatura amena, a rondar os 23ºC
Bom bom era não termos sequer de pensar nisto...
E a Primavera que ainda vem tão longe!...
Lilypie First Birthday tickers