30 de agosto de 2012

Não complicar

 
É tão fácil agradar a uma criança.
1º - Deixá-la sujar-se, sem reprimendas. Há lá coisa melhor do que brincar em total liberdade!
2º - Dar-lhe uma bola, uma pá, molas da roupa ou canetas e papel. Não complicar. Quanto mais brinquedos têm menos lhes ligam. Não precisam de muito para serem felizes. Têm (e ainda bem) muita imaginação.
3º - Companhia. Pais, avós, amigos. O importante é terem alguém com quem partilhar as emoções. E olhem são muitas, isso é certo!

29 de agosto de 2012

Quase, quase


Não tenho recebido as notícias mais animadoras em termos laborais.
A crise financeira, que não é portuguesa mas europeia, tem ao longo do último ano vindo a fazer mossa no mercado nacional e a causar nítido impacto no mercado que trabalho.
Embora seja uma pessoa predominantemente optimista, começo a desanimar.
É nestas alturas que duvido de mim mesma e das minhas capacidades. Será que sou eu que não estou a desempenhar eficazmente o meu papel? Será que não estou a adoptar as estratégias certas? Será que não estou a fazer tudo que está ao meu alcance para atingir os meus objectivos?
Talvez esteja apenas a precisar de parar para descansar e recarregar energias. Enquanto para muitos o período de descanso é já um capítulo fechado, para mim é ainda um capítulo por escrever.
As férias, que anseio profundamente e que estão quase a chegar, servem para isso: renovar forças para regressar à luta. Dentro de dois dias e por um período de quinze vou finalmente libertar-me desta pressão diária e dedicar-me finalmente e por inteiro ao que me faz realmente feliz. E não vejo a hora.

27 de agosto de 2012

De regresso


Voltei.
A ausência prolongou-se por mais tempo do que previa, fruto de um cansaço extremo, exasperante, resultante de um infindável número de noites muito mal dormidas, quando não mesmo passadas quase em branco.
Fui-me abaixo, mas não me deixei vencer. Li tudo o que podia sobre distúrbios do sono em crianças, sobre as insónias, ansiedade de separação, medo, imposição de limites. Convenci-me simplesmente que não há muito a fazer, apenas aceitar que ele é assim, uma criança que desperta muitas vezes porque para ele o mundo tem tanto para descobrir que dormir não é mais do que uma grande perda de tempo.
O corpo habituou-se, ainda que forçosamente, à nova realidade, e embora continue a custar todos os dias, acho que estou finalmente a recuperar, pois de vez em quando já nos brinda com umas horas decentes de sono.
Compreendo as mães que reclamam porque os filhos não comem, porque fazem muitas birras, porque não páram um segundo. Tenho para mim que não deve ser pior do que não dormirem. A privação de sono afecta-os não apenas a eles mas sobretudo a nós, e de uma forma profunda, intensa. Não é só o cansaço físico é, sobretudo, o cansaço psicológico. E a verdade é que eles sempre podem renovar energias durante a sesta, por mais curta que seja, ao passo que para nós esse tempo não existe. E há toda uma rotina da qual não podemos fugir, sobretudo nos tempos que correm.
O meu filho tem agora quase 22 meses, e é uma criança enérgica e feliz. Um explorador, curioso e interessado o suficiente para ter desenvolvido intensamente a sua agilidade e o seu vocabulário. Trepa sofás e cadeiras e Imita os adultos no que pode, tentando reproduzir muito do que ouve. Já conta até dez e reconhece e nomeia grande parte das cores.
Ainda que o motivemos, a verdade é que sempre adorou manusear livros e ouvir música. É fã dos Caricas e das canções da Maria de Vasconcelos. Creio que muitas das palavras as aprendeu a ouvir, ver e trautear músicas. Aprendeu sozinho a ligar o meu rádio despertador, e agora é vê-lo sorrateiro a clicar no botão e pôr-se a dançar em cima da cama.
Ser mãe é assim mesmo, uma experiência única. E não poderíamos saber o que a maternidade nos reserva sem a vivermos. 
Lilypie First Birthday tickers