12 de setembro de 2012

Férias

Regressámos de férias quase tão cansados como à partida, mas pelo menos de cabeça revigorada.
Muita praia, piscina, passeios e festa, como seria de esperar.
O tempo esteve durante toda a semana esplendoroso, com muito sol e um calor quase insuportável. Noites algarvias bastante agradáveis, que me permitiram caminhar sem o aconchego de um casaco, o que em casa seria impensável de tão friorenta que sou.
Quem nunca parou foi, claro, o pimpolho, entusismado com todo um mundo de descobertas que se lhe colocava à fente.
 
Aproveitámos este ano para dar um saltinho à ilha do Farol, de que tanto tinha ouvido falar, mas que ainda não tinha tido oportunidade de conhecer.
Pouca sorte com o estado do mar (com bandeira verde dizem ser verdadeiramente paradisíaca), mas ainda assim, uma vigem que vale a pena fazer. Meia hora de ferry e uns quantos metros de caminhada para se chegar à praia, mas recomendo.
Deixo aqui um cheirinho do que se pode encontrar por lá.

 
 
 
 
 

 
 
Restam-nos ainda alguns dias para partilharmos sem preocupações laborais, muito embora a contagem decrescente já tenha iniciado.
Na próxim semana o regresso à rotina, a correria, as muitas horas de infantário a que o meu filho já não está habituado... E tenho para mim que desta vez os primeiros dias vão ser mesmo muito difíceis!
 
 

30 de agosto de 2012

Não complicar

 
É tão fácil agradar a uma criança.
1º - Deixá-la sujar-se, sem reprimendas. Há lá coisa melhor do que brincar em total liberdade!
2º - Dar-lhe uma bola, uma pá, molas da roupa ou canetas e papel. Não complicar. Quanto mais brinquedos têm menos lhes ligam. Não precisam de muito para serem felizes. Têm (e ainda bem) muita imaginação.
3º - Companhia. Pais, avós, amigos. O importante é terem alguém com quem partilhar as emoções. E olhem são muitas, isso é certo!

29 de agosto de 2012

Quase, quase


Não tenho recebido as notícias mais animadoras em termos laborais.
A crise financeira, que não é portuguesa mas europeia, tem ao longo do último ano vindo a fazer mossa no mercado nacional e a causar nítido impacto no mercado que trabalho.
Embora seja uma pessoa predominantemente optimista, começo a desanimar.
É nestas alturas que duvido de mim mesma e das minhas capacidades. Será que sou eu que não estou a desempenhar eficazmente o meu papel? Será que não estou a adoptar as estratégias certas? Será que não estou a fazer tudo que está ao meu alcance para atingir os meus objectivos?
Talvez esteja apenas a precisar de parar para descansar e recarregar energias. Enquanto para muitos o período de descanso é já um capítulo fechado, para mim é ainda um capítulo por escrever.
As férias, que anseio profundamente e que estão quase a chegar, servem para isso: renovar forças para regressar à luta. Dentro de dois dias e por um período de quinze vou finalmente libertar-me desta pressão diária e dedicar-me finalmente e por inteiro ao que me faz realmente feliz. E não vejo a hora.

27 de agosto de 2012

De regresso


Voltei.
A ausência prolongou-se por mais tempo do que previa, fruto de um cansaço extremo, exasperante, resultante de um infindável número de noites muito mal dormidas, quando não mesmo passadas quase em branco.
Fui-me abaixo, mas não me deixei vencer. Li tudo o que podia sobre distúrbios do sono em crianças, sobre as insónias, ansiedade de separação, medo, imposição de limites. Convenci-me simplesmente que não há muito a fazer, apenas aceitar que ele é assim, uma criança que desperta muitas vezes porque para ele o mundo tem tanto para descobrir que dormir não é mais do que uma grande perda de tempo.
O corpo habituou-se, ainda que forçosamente, à nova realidade, e embora continue a custar todos os dias, acho que estou finalmente a recuperar, pois de vez em quando já nos brinda com umas horas decentes de sono.
Compreendo as mães que reclamam porque os filhos não comem, porque fazem muitas birras, porque não páram um segundo. Tenho para mim que não deve ser pior do que não dormirem. A privação de sono afecta-os não apenas a eles mas sobretudo a nós, e de uma forma profunda, intensa. Não é só o cansaço físico é, sobretudo, o cansaço psicológico. E a verdade é que eles sempre podem renovar energias durante a sesta, por mais curta que seja, ao passo que para nós esse tempo não existe. E há toda uma rotina da qual não podemos fugir, sobretudo nos tempos que correm.
O meu filho tem agora quase 22 meses, e é uma criança enérgica e feliz. Um explorador, curioso e interessado o suficiente para ter desenvolvido intensamente a sua agilidade e o seu vocabulário. Trepa sofás e cadeiras e Imita os adultos no que pode, tentando reproduzir muito do que ouve. Já conta até dez e reconhece e nomeia grande parte das cores.
Ainda que o motivemos, a verdade é que sempre adorou manusear livros e ouvir música. É fã dos Caricas e das canções da Maria de Vasconcelos. Creio que muitas das palavras as aprendeu a ouvir, ver e trautear músicas. Aprendeu sozinho a ligar o meu rádio despertador, e agora é vê-lo sorrateiro a clicar no botão e pôr-se a dançar em cima da cama.
Ser mãe é assim mesmo, uma experiência única. E não poderíamos saber o que a maternidade nos reserva sem a vivermos. 

14 de abril de 2012

Tarde impensada

O bom de se ficar sem poder aceder às novas tecnologias é voltarmos a lembrar-nos de como é estar sem elas.
A verdade é que estamos de tal forma habituados a elas que acabamos por nos esquecer de tantas outras coisas boas.
Por alguma razão técnica ainda desconhecida ficámos sem Zon durante mais de duas horas esta tarde. Sem internet, sem telefone, sem televisão.
Serviu para revisitar CDs antigos e abanar o capacete com o meu filho. E não é que ao fim do dia ele pedia mais? 

11 de abril de 2012

Ratinhos de fora

Estava em falta para com o Blog mas garanto, foi pura preguiça, porque quando se tem vontade tudo se faz, mesmo que com menos esmero.
O rapaz está a crescer a olhos vistos. Corre a casa toda, arrasta cadeiras, trepa o sofá, enfim, faltam olhos para controlar tanta avaria. Mas é a fase das descobertas, há que deixá-lo explorar.
Os dentes demoraram a fazer-se notar. Surgiram sempre aos pinguinhos, fora de tempo. Aos 16 meses eram apenas cinco ( nada que o impedisse de comer!).
Na última semana foi, porém, a verdadeira aventura nesta saga. 
Começou com fezes líquidas. Isso mesmo, fezes líquidas, facilmente confundíveis com diarreia, mas muito mais difíceis de acalmar! Experimentei de tudo: dar banana, fazer-lhe uma dieta à base de arroz, cenoura e batata, frango cozido, pêra cozida, enfim! Nada resultou, e foi um estragar de fraldas, um besuntar de pomada, noites mal dormidas. Valeu o facto de não fazer febre, ir comendo alguma coisa (embora mais triturado, para não cuspir) e, principalmente, eu ter estado de férias.
Foram quatro dias assim, outros menos mal. Comprei um gel calmante na farmácia, para lhe aplicar nas gengivas, e parece estar a resultar. Anda bem disposto, regressou o apetite voraz, e já se vêem 5 ratinhos novos (dois pré molares e um canino superior, dois incisivos inferiores laterais). Estes são, pelo menos, os que consigo vislumbrar quando ele me faz o favor de deixar espreitar para o interior da sua pequena trituradora.
O nascimento dos dentes não está a seguir a ordem mais comum, mas tanto nos faz, desde que nasçam. Só queremos que esta fase chata passe rápido. Ainda assim tem sido um valente, um pouco mais carente de mimo, mas sempre na dele, independente até mais não.
E com isto uns dias até vou dormindo, outros nem por isso. Retomar o trabalho após uma semana de suposto descanso com 3 horas de sono foi dose, mas lá me aguentei.
O corpo já se habituou a descansar menos, o cérebro vai dando o seu melhor. Não lhe podemos exigir mais, que o coitado tem dado o litro.
Novidades em breve...pelo menos assim o espero.

22 de janeiro de 2012

Os primeiros passos

Aos 12 meses já se levantava sózinho e andava de um lado para o outro agarrado aos móveis, mas dar o verdadeiro passo em frente levou o seu tempo.
Apenas aos 13 meses arriscou dar os primeiros passos sem grande apoio. Demorou a ganhar equilíbrio e, sobretudo, coragem para se largar. Para avançar puxava-nos a mão, e apenas assim se aventurava para fora do território habitual.
Agora que finalmente perdeu o medo já não há ninguém que o pare e é vê-lo andar de um lado para o outro, cada vez menos trôpego.
Se antes já era difícil, agora é mesmo impossível descansar quando ele está acordado. É que não posso limar as diversas esquinas que se lhe atravessam no caminho, e como se não bastasse tem ainda um raio de um fetiche com os botões da máquina de lavar roupa e com o forno que não nos permite simplesmente deixá-lo andar à vontade. Ainda. Porque quando as quedas diminuirem (já ganhou uma nódoa negra de bónus no joelho esquerdo!) talvez possamos pensar em limitar-lhe o espaço de manobra e então sim, relaxar um pouco.
Os dentes, esses, é que não são tão espertos. Eles bem tentam, mas encontrar a saída não está fácil. Temos 4 cá fora e um a romper. Outros espreitam, chateiam e massacram, mas nunca mais lhes vimos a cor...

3 de janeiro de 2012

Hoje, no jornal Público

Começa hoje programa para incentivar consumo de fruta nas escolas
“O programa “Heróis da fruta - lanche escolar saudável” começa num colégio do concelho da Amadora, um dos 516 jardins-de-infância e escolas do primeiro ciclo que adeririam à iniciativa de intervenção escolar de âmbito nacional.
O projecto, que vai decorrer ao longo de seis semanas, até 10 de Fevereiro, pretende incentivar as crianças até aos 10 anos a dar importância ao consumo diário de fruta e a adoptar definitivamente este hábito alimentar.
Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da Europa com maior número de crianças com excesso de peso: 32% das crianças entre os 6 e os 8 anos têm excesso de peso e 14% são obesas. O sexo feminino apresenta valores superiores aos do sexo masculino.
O último estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre obesidade infantil revela também que mais de 90% das crianças portuguesas come fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Isto ao mesmo tempo que menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% consome fruta fresca diariamente.”
In Público, 03.01.2012
Notícias como esta apenas reforçam a minha convicção de que estou a agir da maneira mais correcta…

Doces no infantário

Estupefacta. Atónita. Incrédula.
Foi desta forma que fiquei após bater com os olhos na ementa do infantário do meu filho. Nunca o havia feito antes porque de manhã a pressa é sempre mandatária, e entre deixar a mochila, vestir o bibe, levá-lo à sala e assinar o registo de entrada, olhar para mais um papel afixado no placard era coisa que nem me passava pela cabeça. Mas um destes dias fui com tempo e lembrei-me de ver o que era o almoço. Claro que já sabia que ao passar para a sala nova iria começar a comer de tudo, como os meninos mais velhos. Mas ele estava preparado para isso, até à data tinha aceitado bem a comida e tal não me chocava. Porém, ao ver que na lista de sobremesas constava, nessa segunda-feira pão com chocolate e na quinta-feira seguinte um pudim não pude, como mãe, deixar passar em branco o assunto. Pior ainda quando descobri que era assim semana após semana, ora gelatina, ora mousse de chocolate, ora arroz doce ora outros mais.
Abordei o assunto com a educadora e com a Directora Pedagógica, solicitando-lhes que daí em diante substituíssem essas sobremesas por fruta pelo menos para o meu filho. Não aceitaram bem a minha intervenção apesar de dizerem entender as minhas razões para não querer que dessem doces ao meu filho, que ainda nem completou os 14 meses. Não cederam nunca. Exigiram-me a apresentação de uma declaração médica, justificando-se com os outros pais e imensidade de outros pedidos por parte dos mesmos. Remeteram-me para a leitura do regulamento da instituição, onde a mesma declaração é referenciada para a eventualidade de serem necessárias excepções alimentares.
Refeita dos nervos e da vontade de lhes partir a cara (deveria ser do senso comum não dar este tipo de alimentos a crianças tão pequenas!), liguei ao médico a expor a situação e fui pessoalmente buscar a declaração que ele logo se prontificou a passar, concordando plenamente comigo.
Ainda não entendo como é possível os pais não se manifestarem relativamente a este ponto da ementa. Será que é por desleixo? Por não saberem? Por não se interessarem?
Chocam-me tanto a inércia dos outros pais como a falta de sensibilidade das colaboradoras da instituição para este tema. Nunca me tinha apercebido do facto e nem imaginava ser possível. Tanto se ouve falar de obesidade infantil e a própria instituição a contribuir para ela?
O meu filho terá tempo de provar tais iguarias. Terá tempo de fazer birras para lhe darmos chupa chupas, terá tempo para se lambuzar de chocolate e trabalhar para a formação das cáries dentárias. Acho que ainda é muito cedo. Não sou melhor nem pior que outras mães. Mas preocupo-me. E não vou permitir que ignorem pedidos meus, porque o meu filho não frequenta o infantário de borla e porque é dever delas, como educadoras, contribuírem também para um desenvolvimento saudável das nossas crianças.
Tinha vontade de lhes dar com a declaração nas ventas, para verem que não fico parada a deixar passar. Mas entreguei-a apenas, porque as responsáveis directas não estavam por lá.
A ver vamos como procedem agora. Não estarei para ver, mas tenho por lá olhos e ouvidos atentos…
Lilypie First Birthday tickers