22 de setembro de 2011

O verdadeiro diagnóstico

Depois do desaparecimento da febre foi ver o ataque feroz das micro borbulhas no seu tronco, e uma ligeira vermelhidão.
Assaltada pela dúvida se seria ou não reacção ao antibiótico, já que a dose fôra aumentada, recorri (finalmente!) ao dr. Álvaro, que me pediu para passar pelo consultório para poder examinar melhor o meu filho.
Num breve exame fez o diagnóstico: "exantema súbito ou o chamado sarampelo. Três dias de febre, três dias de pintas. Pegue no antibiótico e coloque-o no caixote do lixo".
Resultado: andei a administrar antibiótico ao meu filho desnecessariamente. É claro que o antibiótico não fazia nada. Não era pelo facto da dose ser reduzida, mas sim porque não era destinado a combater tal doença!
O exantema súbito tem origem viral, provoca febres muito altas e difíceis de controlar mesmo com antipiréticos, mas desaparece ao fim de 3/4 dias. Surgem depois as burbulhinhas por mais 3 dias que acabam também por desaparecer.
Não sei como, mas apanha tudo o que é virose. E não pode ter sido no infantário desta vez, pois mais nenhum menino revelou sintomas semelhantes. Amamentei até aos sete meses, em exclusivo até aos cinco, e nem assim parece ter ganho defesas extra. Mas afinal, cada caso é um caso, verdade?

A saber
O exantema súbito é a doença exantemática mais frequente no 1º ano de vida. O pico de incidência ocorre entre os 3 meses e os 2 anos de idade.
Após um período de incubação de 5-15 dias, surge febre elevada (entre 38,9 a 40,6 º C) que dura cerca de 3-4 dias (podendo variar de 1-7 dias) e que cede muito mal aos antipiréticos. A criança está irritável, quase sempre sem outra sintomatologia associada. Por vezes, nas crianças susceptíveis, pode ser acompanhada de convulsões febris.
Acompanhando a febre podem surgir: coriza (inflamação das fossas nasais), tosse, cefaleias (dores de cabeça), diarreia e adenomegalias (gânglios aumentados de volume). Subitamente, desaparece a febre e surge um discreto exantema maculopapular, de cor rósea, de predomínio no tronco, por vezes com prurido, ficando a criança clinicamente bem. O exantema desaparece nos restantes 2-3 dias, sem descamação ou pigmentação.O tratamento é apenas sintomático, visando o conforto da criança e a prevenção de eventuais convulsões febris.O exantema súbito é uma doença de evolução benigna, mas pode causar grande preocupação nos primeiros dias de febre pela sua intensidade e pela dificuldade em ser controlada, geralmente fazendo com que a criança percorra várias consultas com tratamentos muito diferentes, o que deverá ser evitado!
In Familia.sapo.pt

20 de setembro de 2011

Santa paciência!

Que há muita incompetência por este país fora, é um facto. Que já poucos exercem a profissão por gosto, é outro. Nenhum deles é novidade, mas quando me calha, por falta de sorte, provar dos dois, não posso deixar de me sentir lesada e aborrecida.
Com febres acima dos 39ºC há dois dias e a não querer descer ou a reaparecer em intervalos de 5/6 horas, decidi, e somente porque o pediatra do meu filho se encontrava de férias, deslocar-me ao serviço de atendimento permanente do centro de saúde da minha área de residência. Depois do sermão inicial da médica de serviço, indignada por ter estado a trabalhar a tarde toda e eu apenas me ter dirigido à consulta ás 19h00, lá se disponibilizou com cara de frete a ver o meu filho. Diagnóstico: princípio de outite. Prescrição: Meia colher de Clamoxyl ao almoço e ao jantar.
Confesso que me arrepio só de ouvir a palavra antibiótico. Detesto administrar medicação seja a quem for, e no que toca ao meu filho ainda pior. Mas como não sou médica, e como não me cabe a mim diagnosticar, comprei o antibiótico e fui para casa.
Como dois dias depois continuava tudo na mesma, e já sem saber bem o que fazer, decidi dar um salto à urgência pediátrica. Foi a primeira vez e receava o caos.
O atendimento foi rápido e a médica muito atenciosa. Um exame completo, que englobou raio-x aos pulmões, revelou apenas ouvidos e garganta bastante inflamados, muita expectoração e ranhoca amarela. Prescrição: Uma colher cheia de Clamoxyl, de 8 em 8 horas, ou seja 3 vezes por dia, e gotas para o nariz para ajudar a respirar melhor. A dose anteriormente recomendada não seria suficiente para o seu peso e por isso não estaria a traduzir-se em resultados. 
Sim, às vezes gostava de ter tirado medicina... Uns dizem uma coisa, outros outra, vá-se lá saber qual o mais acertado. 
Claro que na urgência pediátrica encontramos especialistas, pediatras, e que no centro de Saúde apenas serão, à partida, médicos de clínica geral, mas sempre pensei que houvesse nos segundos alguma competência e cuidado, sobretudo quando se tratam de crianças.
Enfim, aprendi a lição. Se houver uma próxima vez, (ouxalá que não!), não volto a repetir o erro. Oh Dr. Álvaro, tanta falta que me fez!...

19 de setembro de 2011

Hoje deu-me para isto

Os filhos não nascem com livro de instruções. Há que conhecê-los, estudá-los, decifrá-los, porque eles são, afinal, matéria nova, e porque não nascemos mães, tornamos-nos nelas.
Todos os acontecimentos são ensinamentos. Acertamos algumas vezes, falhamos outras tantas. No fundo, nada mais fazemos do que dar tudo por tudo, na expectativa de nos tornarmos melhores todos os dias.
Com os filhos reaprendemos a apreciar as pequenas coisas, a vibrar com gestos simples, a deixar de ter vergonha de nos voltarmos a sujar enquanto brincamos com eles na relva..
Sim, crescemos, quase sem dar conta, a par com eles. Olhamo-los como alunos e eles são, no fundo,  nossos professores...

12 de setembro de 2011

Conhecer o bacio

Com apenas 6 meses de idade o primeiro filho de uma amiga já se sentava no bacio. Após as refeições principais sentava-o no dito e com muita paciência aguardava que o processo se concluísse. 
Esta acção repetia-se dia após dia, em casa e no infantário, onde pediu que fizessem o mesmo. Pode parecer estranho, mas a verdade é que se habituou de tal forma que, com apenas um ano de idade, já só usava fralda para dormir.
Agora acabou de iniciar este mesmo processo com a filha de meio ano e deixou-me a pensar que pode até nem ser assim tão complicado habituar um bebé a este ritmo.
Em conversas de café já me tinham contado uma história semelhante e a verdade é que da primeira vez que o ouvi fiquei incrédula e a pensar que não era possível, que um bebé não compreenderia que aquele momento era o momento de "despejar" o monstrinho. Porém, se em mais do que um bebé funcionou, porque não experimentar?
Devo dizê-lo que fiquei com a pulga atrás da orelha e tentada a fazer a experiência. Se bem que é necessário tempo e dedicação (que nem sempre sobra), os benefícios para ambos parecem-me evidentes demais para não tentar. Pode ser um processo moroso. Pode até nem resultar. Mas porque não?

10 de setembro de 2011

Regresso à rotina

O regresso nunca é agradável. Voltar à rotina deprime, mas infelizmente é um mal necessário.
Receava o regresso ao infantário. Três semanas fora poderiam ter causado estragos. Afinal, foi muito mimo, muita atenção. Porém, espantosamente, o regresso foi em grande e espantou a própria educadora. Nada de choros, come e dorme muito melhor, está mais espevitado (o que não é nenhuma novidade!)... Este tempo connosco traduziu-se de uma forma muito positiva no seu desenvolvimento.
Nesta fase todos os dias têm trazido novas conquistas. Quase sem darmos por elas, tal é a intempestividade dos acontecimentos. 
Acabado de completar 10 meses começou pôr-se de pé sozinho. Com algum esforço mas muita persistência, agarrado à ombreira do sofá quando está sentado nele, ou às grades da cama. Por este motivo, que me deixou desconcertada tal foi o insólito do momento a que pude assistir em primeira mão, já tivemos de baixar a altura do colchão, não fosse ele, aventureiro que é, tentar passar para o outro lado.
Ontem tivemos consulta no pediatra. Mantém os mesmos percentis - 10 de peso e 50 de altura. O facto de adorar a nossa comida não contribuiu até agora para um maior aumento de peso (o que até nem é mau), mas creio que o motivo se deve à sua genica e a não parar um minuto. Está bem assim, alto e espadaúdo (não é assim que as miúdas gostam?).
Preocupava-me o facto de continuar constipado (passou as férias a libertar porcaria pelas narinas!), praticamente dois meses após a última consulta. Chegámos a temer que sofresse de alergias ou algo parecido. Afinal, é apenas uma constipação de Verão que teima em perdurar. O vírus não faz intenção de ser despejado e ele não tem força para o obrigar a tal. Soro com fartura e esperar que passe. (Que vida esta, até nisto sai ao pai que tem de andar sempre de lenços no bolso!)
Daqui a nada já completa um ano de vida e ainda me parece que foi ontem. E eu sinto-me envelhecer desde que entrei na casa dos 30. Bem sei que é cedo, mas é inevitável este sentimento. Tudo em mim mudou depois do seu nascimento. O corpo e o espírito. Não sei se se deve também em parte aos últimos tristes acontecimentos à minha volta (morte de pessoas queridas, quase morte de outras,...), mas a verdade é que passei a dar ainda mais importância àqueles que me são próximos e ao tempo que passamos juntos. Já não me chega o pouco tempo de qualidade. Quero todo o tempo possível, mesmo o de qualidade inferior. É que hoje estamos cá, amanhã não sabemos... 

5 de setembro de 2011

10 meses


Faz hoje 10 meses que o nosso menino nasceu para nos iluminar os dias!

"Um nascimento representa o princípio de tudo - é o milagre do presente e a esperança do futuro."
Anónimo
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