Desenrascar faz, há muito, parte do meu léxico. Seja por força das circunstâncias, por defeito ou por feitio, a verdade é que todas as mães acabam por fazer, mais ou menos vezes, verdadeiras omeletes sem ovos. Claro está que eu não sou excepção.
Após uma tarde de caminhada pela serra, na esperança vã de encontrar uma pequena aragem natural que abafasse o abafador sol de Verão que se impôs, e de uma hora bem passada na brincadeira dentro da piscina, era mais do que necessário dar banho ao meu filho.
Com a aproximação da hora da sopa e fora de casa, era preciso encontrar forma de o fazer sem o equipamento habitual.
O lavatório já servira muitas vezes de banheira, mas desta vez, muito por culpa da modernidade (o design não facilitava o processo), revelou-se insuficiente. E foi assim que o meu filho tomou o seu primeiro banho de chuveiro: sentado numa banheira de adulto, com o pai a apoiar e a mãe a fazer o resto.
Claro que não podia ter corrido melhor, sem birra, sem lágrimas, sem pressas. Com a água a escorrer-lhe pelo rosto e ele a piscar os olhos sem no entanto reclamar.
O pimpolho é cá dos meus: adora água. Falta apenas experimentar a salgada. Se o tempo se mantiver assim quente, é bem provável que o levemos a molhar os pés em breve. A ver se se assusta com as ondas ou se somos nós que nos assustamos por ele não ter medo delas...