29 de julho de 2011

Laringite II

Já não faz febre nem tem pieira, mas a constipação decidiu assentar arraiais no seu corpo minúsculo e agora passamos o dia de lenço atrás para lhe limpar as impurezas que expulsa vezes sem conta.
A tosse diminuiu, e se não fosse agora o primeiro dente a romper a gengiva decerto andaria bem menos irritável.
Parece estar para breve o surgimento do pioneiro, pois já arranha quando lhe passo o dedo pela gengiva. Estava a tardar, mas parece que vai ser desta.
Hoje ficou em casa com o pai. Tem de ser à vez para não se perderem tantos dias de trabalho.
Comeu melhor do que comigo, mas deu com o pai em maluco com tanta irrequietude. É bom para ele perceber na prática como é difícil fazer tanto ao mesmo tempo quando se tem uma criança em casa constantemente a exigir a nossa atenção!
Espero que acorde melhor amanhã. Não me apetecia mesmo nada passar o fim de semana em casa com tanto calor.

26 de julho de 2011

Laringite

Mais uma vez em casa, depois de uma noite em claro e extremamente preocupante.
A respiração ofegante, a tosse seca intensa e um mau estar geral que não o deixava descansar manteve-me acordada e em vigilância permanente.
Valha-nos a Saúde24! Às 5 horas da manhã estava de telefone na mão, mais uma vez, para perceber se me devia dirigir ao pediátrico.
Aparentemente nada dramático, poderia aguardar para me deslocar umas horas mais tarde ao pediatra.
Controlo da febre, vigia da respiração, e assim que nos foi possível rumámos ao Dr. Álvaro. Diagnóstico: laringite viral. 
Porra para os infantários. Estou já que nem posso com eles! Soube hoje que mais dois meninos da salinha do meu filho tiveram de ir para casa por estarem com febre. Foi também um mais velhinho, de uma outra sala.
Por este andar nem quero imaginar como será o Inverno.
É já a segunda vez no espaço de 3 meses que ele fica em casa. Primeiro a conjuntivite, logo seguida da virose, e agora a laringite. Até tenho receio do que está para vir.
Para já não há muito a fazer. Onsudil xarope para ajudar a abrir os brônquios e a respirar melhor (piora sempre durante a noite!), a administrar de 12 em 12 horas durante 5 dias. Em situação excepcional administrar curticóides, durante 3 dias.
A febre tem estado difícil de baixar. 38,6ºC, baixa até aos 38ºC para voltar a subir. Pode de facto ser o corpo a combater a infecção, mas já me está a deixar doida.
Amanhã ficamos por casa outra vez. O médico disse que os 3 primeiros dias são piores mas depois tende a estabilizar. Hoje foi o primeiro. Veremos por quanto tempo isto se vai prolongar.

A saber
A laringite, ou Croup, é uma doença do aparelho respiratório que afecta principalmente a laringe e as cordas vocais, mas que pode estender-se à traqueia e às vias respiratórias que conduzem aos pulmões (brônquios). A laringite é causada por muitos vírus diferentes, entre os quais se encontram os que produzem o catarro comum e a gripe. Actualmente, é muito raro ser causada por alguma bactéria. O contágio desta doença dá-se através das secreções respiratórias expulsas quando uma criança tosse ou espirra próximo da cara de outra. Quando estas secreções ficam depositadas num objecto, a criança também pode apanhar os germes ao tocar nele com os dedos e ao levar depois as mãos à boca, ao nariz ou aos olhos.
Os sintomas da doença começam 2 ou 3 dias após o contágio. É típica a tosse "canina" (que soa como o ladrar de um cão), seca, afónica ou "metálica". Geralmente, esta tosse agudiza-se e piora durante a noite, ou começa de madrugada. É acompanhada de rouquidão, dores ou ardor na garganta e, por vezes, de febre de 38º a 40º. Frequentemente, a tosse é tão intensa que origina vómitos. Outras vezes, a criança pode apresentar um ruído grosseiro chamado "chiadeira" cada vez que inala ar (inspira). A fase aguda da doença passa em apenas 2 ou 3 dias, mas a tosse mais suave e com mucosidade pode durar mais 1 ou 2 semanas.
IMPORTANTE: Se o seu filho tiver dificuldades em engolir, se salivar constantemente, se o peito afundar a cada respiração e os lábios adquirirem uma cor roxa, se a chiadeira for intensa e ocorrer sobretudo quando a criança inspira (mais do que quando tosse), deve levá-lo imediatamente a um serviço de urgências.
TRATAMENTO DA LARINGITE

Quase todos os casos de laringite melhoram após a respiração num ambiente húmido, embora seja preferível este ser mais frio do que quente (a maioria dos desumidificadores produz ar quente). É aconselhável não agasalhar demasiado a criança nem mantê-la num compartimento fechado, desconfortável ou abafado. Pode ter a certeza de que melhorará muito se respirar o ar fresco da noite: na varanda, no terraço ou na rua. Não se preocupe com o facto de o deixar respirar este ar. Faça-o sem medo, não é por isso que "vai apanhar uma constipação mais forte". Por outro lado, é provável que ele próprio diminua a sua actividade física enquanto estiver mal mas que volte a mexer-se muito ou a correr quando se sentir melhor. Procure fazer com que não se mexa demasiado até estar totalmente recuperado, porque senão piorará da tosse.

Se tiver o nariz entupido, aplique gotas de soro fisiológico. Se a mucosidade for muito abundante ou espessa, aspire-a com uma pequena pêra de borracha ou utilize uma sonda tipo NARHINEL®, tendo cuidado para não ferir a mucosa nasal. É bom que o seu filho ingira muitos líquidos pois ajudá-lo-ão a fluidificar as suas mucosidades, mas não o force se não lhe apetecer, e não espere que coma demasiado quando estiver nesta situação. Os antitérmicos-analgésicos tipo Paracetamol (APIRETAL® ou GELOCATIL® gotas) podem ser úteis para melhorar a sensação de mal-estar e para baixar a febre. Nas laringites víricas, de longe as más frequentes, os antibióticos não se encontram indicados. Por vezes, sobretudo nos casos de maior dificuldade respiratória, o médico poderá receitar-lhe ou administrar-lhe anti-inflamatórios ou fármacos que o ajudem a dilatar os brônquios. Estes fármacos são normalmente administrados por inalação mediante câmaras especiais, mas também por via oral. Se os sintomas forem graves, o caso poderá requerer hospitalização e tratamento com medicamentos intravenosos em combinação com inalados ou nebulizados.
CONTÁGIO DA LARINGITE
A laringite é muito contagiosa durante os primeiros dias de duração da doença, e pouco se pode fazer para evitar que outros membros da família sejam infectados. Na verdade, é muito provável que se houver mais crianças em casa, apanhem uma constipação com tosse e mucosidade, apesar de nem todas apresentarem necessariamente o quadro completo mais aparatoso. Poderão voltar à escola ou ao infantário quando já não tiverem febre, quando respirarem adequadamente e a chiadeira tiver desaparecido, mas não é necessário esperar até deixarem de ter tosse (pode prolongar-se durante muito mais dias).

25 de julho de 2011

O baptizado

10 de Julho de 2011 - um dia intenso, mas maravilhoso. A primeira, espero, de muitas outras festas que hão-de vir.
Escolhi o mar como tema, porque o meu filho é doido por água. Os marcadores de mesa foram pensados pelo meu marido e elaborados por mim. Assim como as lembranças para os convidados.
Simplicidade foi palavra de ordem, porque eu também não sou de luxos.

O fato

Os essenciais


A cerimónia




A festa









As lembranças




22 de julho de 2011

Tão bem que sabe dormir!

As noites têm melhorado visivelmente.
E esta noite, oito meses e meio após ter vindo ao mundo, fez pela primeira vez um sono seguido de seis horas sem despertar. Espero que tenha sido apenas o primeiro de muitos bons soninhos, porque me soube a gelado de iogurte com chantili (deixo as ginjas para quem as apreciar!).
Haverá por certo muitas outras mães que sabem bem do que falo. Depois de tantas noites desesperadas a acordar de duas em duas ou de três em três horas, ansiava mesmo por uma noita assim...
Desde que foi baptizado, faz este domingo quinze dias, os progressos têm sido notórios. Nas duas últimas semanas começou a comer melhor (entre duas a três conchas de sopa e ainda a fruta), palra agora pelos cotovelos, dorme mais tempo e num sono mais profundo.
No infantário já fizeram menção a esta mudança.
Podemos não acreditar em coincidências, mas que as há, há.
Eu estou em crer que é um misto de benção divina e de desenvolvimento próprio da idade.

19 de julho de 2011

Os dentes espreitam

As gengivas andam a massacrar de tal maneira que só está bem a esfregá-las e reclama quando não consegue alcançar algo que possa levar facilmente à boca.
Comprei-lhe há tempos um mordedor, daqueles que se levam ao frigorífico, mas já nem o mordedor o alivia.
No final da semana passada voltámos ao pediatra, para a consulta de rotina. Perguntei-lhe se não estava já na altura dos dentes romperem, mas a resposta foi, como de costume, para não me preocupar que cada criança tem o seu tempo. Mencionou ainda um paciente que apenas aos dois anos de idade viu nascer os seus primeiros roedores. Fiquei alarmada, ele descansou-me: "Deixe, que no seu filho não vai demorar tanto tempo."
Não se trata de ter pressa. Fico apenas apreensiva por vê-lo incomodado e nada poder fazer.
Regra geral, o primeiro dente nasce por volta do sexto mês e o último por volta dos 3 anos, perfazendo no total 20 dentes de leite, dez em cada maxilar, mas o surgimento do 1º dente varia de bebé para bebé, assim como o ritmo e o número de dentes a surgir ao mesmo tempo.
Se ele estivesse a seguir o calendário, por esta altura já teria de fora dois incisivos inferiores e dois incisivos superiores centrais. Como nada é linear, continuamos à espera.

18 de julho de 2011

O adeus ao leite materno

É oficial: o leite materno está a secar.
Não voltou a ser o mesmo após o regresso ao trabalho. A drástica redução para duas/três mamadas por dia levou a que produção de leite fosse diminuindo gradualmente e os horários de saída incertos e o stress laboral para isso também contribuíram.
Felizmente a adaptação ao biberão e ao leite artificial foi pacífica. Pelo menos assim não me culpabilizo por não poder mais alimentá-lo como antes, logo a ele, que era completamente viciado na mama.
Foram oito meses intensos, a acordar de duas em duas horas para o saciar. Sentia-me exausta. Ainda me sinto. 
Oito meses. Já fico feliz por ter sido possível fazê-lo durante todo esse tempo!
Mas nem tudo é triste ou menos bom, já que o fim da amamentação também lhe alterou a rotina de sono, e para melhor.
É certo que cresceu, mas com o leite artificial deixou de acordar tantas vezes. Faz sonos mais prolongados, menos leves... E eu começo a recuperar.
Se gostei de amamentar? Claro que sim. O peito nunca gretou, poucas vezes tive de o massacrar com o uso da bomba, secou naturalmente... Sim, foi desgastante, mas valeu a pena e voltaria a fazer tudo de novo.
Agora é uma nova etapa. O pai pode finalmente cooperar durante a noite para eu poder descansar mais (só Deus sabe o quanto eu preciso!).
E sim, isso também é maravilhoso!

14 de julho de 2011

O tempo não pára


É bem verdade que disse inúmeras vezes ter falta de tempo para fazer isto ou aquilo. Mas é igualmente verdade que na maior parte das vezes o tempo existia, o que não existia era vontade.
A falta de tempo surgia sempre como um subterfúgio. Disfarçava a preguiça e servia como justificação para prioritizar determinadas coisas em detrimento de outras.
Hoje, porém, a situação alterou-se, e a verdade é que o tempo tem escasseado na verdadeira acepção das palavras. Quando se aproxima o final do dia sinto-me tão, mas tão cansada que nem que ainda haja tempo para fazer alguma coisa o que já não existe é apetite. E sem ele, nada se faz.
Um filho muda tudo. Altera-nos o quotidiano, as prioridades, a gestão que fazemos das 24 horas que compõem o dia. Aprender a gerir tantas mudanças não é um processo simples.
Quando são apenas recém nascidos e ainda nos encontramos embrenhadas no fascínio dos seus corpos pequeninos, que cuidamos a tempo inteiro, tudo nos parece maravilhoso.
Mas os meses vão passando, porque o relógio não pára, e eles sempre a crescer. Deixam a quietude dos primeiros tempos para passar a descobrir o mundo. E com essas descobertas, ainda que continuando a deixar-nos maravilhadas, vem a irrequietude. Começamos a ver os ponteiros do relógio avançar mais depressa do que o desejado.
Sim, hoje falta-me realmente tempo. Tempo para dar o melhor de mim ao meu filho. Tempo para o mimar como ele merece. Tempo para partilhar brincadeiras e sorrisos. As horas passam depressa demais. Sou absorvida por elas sem dar conta e as 24 horas do dia parecem já não bastar.
Dizem os entendidos que a falta de tempo é, afinal, uma questão de escolha, porque somos absolutamente livres para organizar a nossa vida, definir o nosso tempo e priorizar o que de facto nos importa. E afinal, reclamar da quantidade de tempo que não temos ou usar o tempo que temos com qualidade também é uma decisão nossa, porque a falta de tempo não pode ser argumento para qualquer tipo de ausência nos nossos relacionamentos.
Era bom que fosse assim tão simples. Mas hoje somos mais trabalhadoras do que mães. Cumprimos horários, desempenhamos mil e uma tarefas. O papel de mãe foi atirado para segundo plano, como se ser mãe fosse um complemento. Passamos 8 horas dentro de um escritório, uma em deslocações, outras tantas em actividades domésticas. Quanto tempo de qualidade nos sobra realmente para partilhar com os nossos filhos?
A verdade é que deveríamos ser mais mães e menos de tudo resto. A sociedade não o permite.
Sim, sinto-me cansada. Porque queria ser uma super mãe e ter todo o tempo do mundo para o meu filho e não tenho...

5 de julho de 2011

8 Meses


Faz hoje 8 meses que o nosso menino nasceu para nos iluminar os dias!

"O amor de uma mãe não contempla o impossível."
Paddock
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