É bem verdade que disse inúmeras vezes ter falta de tempo para fazer isto ou aquilo. Mas é igualmente verdade que na maior parte das vezes o tempo existia, o que não existia era vontade.
A falta de tempo surgia sempre como um subterfúgio. Disfarçava a preguiça e servia como justificação para prioritizar determinadas coisas em detrimento de outras.
Hoje, porém, a situação alterou-se, e a verdade é que o tempo tem escasseado na verdadeira acepção das palavras. Quando se aproxima o final do dia sinto-me tão, mas tão cansada que nem que ainda haja tempo para fazer alguma coisa o que já não existe é apetite. E sem ele, nada se faz.
Um filho muda tudo. Altera-nos o quotidiano, as prioridades, a gestão que fazemos das 24 horas que compõem o dia. Aprender a gerir tantas mudanças não é um processo simples.
Quando são apenas recém nascidos e ainda nos encontramos embrenhadas no fascínio dos seus corpos pequeninos, que cuidamos a tempo inteiro, tudo nos parece maravilhoso.
Mas os meses vão passando, porque o relógio não pára, e eles sempre a crescer. Deixam a quietude dos primeiros tempos para passar a descobrir o mundo. E com essas descobertas, ainda que continuando a deixar-nos maravilhadas, vem a irrequietude. Começamos a ver os ponteiros do relógio avançar mais depressa do que o desejado.
Sim, hoje falta-me realmente tempo. Tempo para dar o melhor de mim ao meu filho. Tempo para o mimar como ele merece. Tempo para partilhar brincadeiras e sorrisos. As horas passam depressa demais. Sou absorvida por elas sem dar conta e as 24 horas do dia parecem já não bastar.
Dizem os entendidos que a falta de tempo é, afinal, uma questão de escolha, porque somos absolutamente livres para organizar a nossa vida, definir o nosso tempo e priorizar o que de facto nos importa. E afinal, reclamar da quantidade de tempo que não temos ou usar o tempo que temos com qualidade também é uma decisão nossa, porque a falta de tempo não pode ser argumento para qualquer tipo de ausência nos nossos relacionamentos.
Era bom que fosse assim tão simples. Mas hoje somos mais trabalhadoras do que mães. Cumprimos horários, desempenhamos mil e uma tarefas. O papel de mãe foi atirado para segundo plano, como se ser mãe fosse um complemento. Passamos 8 horas dentro de um escritório, uma em deslocações, outras tantas em actividades domésticas. Quanto tempo de qualidade nos sobra realmente para partilhar com os nossos filhos?
Dizem os entendidos que a falta de tempo é, afinal, uma questão de escolha, porque somos absolutamente livres para organizar a nossa vida, definir o nosso tempo e priorizar o que de facto nos importa. E afinal, reclamar da quantidade de tempo que não temos ou usar o tempo que temos com qualidade também é uma decisão nossa, porque a falta de tempo não pode ser argumento para qualquer tipo de ausência nos nossos relacionamentos.
Era bom que fosse assim tão simples. Mas hoje somos mais trabalhadoras do que mães. Cumprimos horários, desempenhamos mil e uma tarefas. O papel de mãe foi atirado para segundo plano, como se ser mãe fosse um complemento. Passamos 8 horas dentro de um escritório, uma em deslocações, outras tantas em actividades domésticas. Quanto tempo de qualidade nos sobra realmente para partilhar com os nossos filhos?
A verdade é que deveríamos ser mais mães e menos de tudo resto. A sociedade não o permite.
Sim, sinto-me cansada. Porque queria ser uma super mãe e ter todo o tempo do mundo para o meu filho e não tenho...
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