O regresso nunca é agradável. Voltar à rotina deprime, mas infelizmente é um mal necessário.
Receava o regresso ao infantário. Três semanas fora poderiam ter causado estragos. Afinal, foi muito mimo, muita atenção. Porém, espantosamente, o regresso foi em grande e espantou a própria educadora. Nada de choros, come e dorme muito melhor, está mais espevitado (o que não é nenhuma novidade!)... Este tempo connosco traduziu-se de uma forma muito positiva no seu desenvolvimento.
Nesta fase todos os dias têm trazido novas conquistas. Quase sem darmos por elas, tal é a intempestividade dos acontecimentos.
Acabado de completar 10 meses começou pôr-se de pé sozinho. Com algum esforço mas muita persistência, agarrado à ombreira do sofá quando está sentado nele, ou às grades da cama. Por este motivo, que me deixou desconcertada tal foi o insólito do momento a que pude assistir em primeira mão, já tivemos de baixar a altura do colchão, não fosse ele, aventureiro que é, tentar passar para o outro lado.
Ontem tivemos consulta no pediatra. Mantém os mesmos percentis - 10 de peso e 50 de altura. O facto de adorar a nossa comida não contribuiu até agora para um maior aumento de peso (o que até nem é mau), mas creio que o motivo se deve à sua genica e a não parar um minuto. Está bem assim, alto e espadaúdo (não é assim que as miúdas gostam?).
Preocupava-me o facto de continuar constipado (passou as férias a libertar porcaria pelas narinas!), praticamente dois meses após a última consulta. Chegámos a temer que sofresse de alergias ou algo parecido. Afinal, é apenas uma constipação de Verão que teima em perdurar. O vírus não faz intenção de ser despejado e ele não tem força para o obrigar a tal. Soro com fartura e esperar que passe. (Que vida esta, até nisto sai ao pai que tem de andar sempre de lenços no bolso!)
Daqui a nada já completa um ano de vida e ainda me parece que foi ontem. E eu sinto-me envelhecer desde que entrei na casa dos 30. Bem sei que é cedo, mas é inevitável este sentimento. Tudo em mim mudou depois do seu nascimento. O corpo e o espírito. Não sei se se deve também em parte aos últimos tristes acontecimentos à minha volta (morte de pessoas queridas, quase morte de outras,...), mas a verdade é que passei a dar ainda mais importância àqueles que me são próximos e ao tempo que passamos juntos. Já não me chega o pouco tempo de qualidade. Quero todo o tempo possível, mesmo o de qualidade inferior. É que hoje estamos cá, amanhã não sabemos...
é como o Martim alto e magro :)
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