Longe vão os tempos em que se atribuía em exclusivo às mães o dever de cuidar dos rebentos recém-nascidos. Hoje em dia a figura paterna, normalmente associada à autoridade suprema e à responsabilidade, assume (felizmente!) novos contornos, sendo a sua participação activa e envolvimento considerados fundamentais desde o primeiro momento.
Muitos pais, ainda que sempre tenham estado presentes e participativos em todo o processo de maternidade optam, perante a chegada do bebé, por se resguardar por se sentirem inseguros e relutantes dada a fragilidade do bebé. Porém, é deveras importante que o mais cedo possível se coloquem em pé de igualdade com as mães, adquirindo experiência nos cuidados a prestar e exercendo o seu papel de educadores.
Uma tarefa que nós, mães, devemos incentivar desde cedo, estimulando a sua intervenção diária nas pequenas coisas, como mudar uma fralda, dar banho ou colocar o bebé a dormir.
É preciso lembrar que o filho não é só nosso e que o pai precisa igualmente de partilhar momentos com o bebé e estabelecer com ele vínculos afectivos.
Um sinal de que a mentalidade masculina no que respeita aos cuidados com os filhos recém nascidos está, efectivamente, a alterar-se, é o número de pais que têm vindo a optar pela licença parental partilhada. No ano passado foram já 16% a optar pela partilha da licença parental com as mães. Um número muito acima de 2009, mas que ainda assim deixa muito a desejar já que em 102 mil crianças nascidas apenas 16 mil pais escolheram esta opção.
Na altura de tirar a licença, eu e o meu marido não hesitámos e optámos pela partilha. Fazemos, portanto, parte da estatística.
Desde o primeiro momento que ele exerce o seu papel de pai com empenhamento e acima de tudo, muito amor. Os receios iniciais dissipam-se a cada dia, à medida que se vai aperfeiçoando nos pequenos momentos que deixo só para os dois. E mais importante até que dividir tarefas, é o facto dele sentir que participa, que colabora, que é parceiro na caminhada que é a formação do nosso rebento.
Porque se o papel da mãe é assumidamente gigante, também o é o do pai, não devendo por isso ser menosprezado. Por algum motivo são precisos dois para conceber...
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